Maio despediu-se de uma forma abrupta, é verdade que esperava um episódio de instabilidade, mas também é verdade que não esperava que se trata-se de uma situação tão severa como a verificada ontem na zona de Vila Real.
A instabilidade potenciada pelo calor intenso à superfície associado a uma depressão isolada em altitude que aportou ar frio em altitude na atmosfera, gerou fortes correntes ascendentes (convecção), com as nuvens de trovoada (cumulonimbus) a atingir os 16/17 km´s de altitude, produzindo pedras de granizo de muito grande tamanho e pouco habituais no nosso país. A região mais afetada foi a zona de Vila Real e Sabrosa, mas também atingiu Boticas e Ribeira de Pena, com perdas muito significativas na agricultura e estragos em automóveis e mobiliário urbano, a intensidade foi tal que vários automobilistas se refugiaram por baixo de viadutos das autoestradas da região.
Tudo começou por volta das 18 horas, após a passagem de uma primeira linha de instabilidade que se tinha formado na Serra do Alvão e já se encontrava sobre a zona de Montalegre a rumar para a Galiza, novas células de grande desenvolvimento vertical apareciam no radar na região de Tabuaço e que se dirijiam precisamente para norte, rumo a Vila Real e Sabrosa.
Rapidamente a célula, com características que a podem definir como supercélula, progridiu para a zona do Douro vinhateiro onde deixou muita precipitação em pouco tempo, gerando algumas inundações na zona de Covas do Douro, contudo a pior parte estaria reservada para alguns km´s mais a norte.
Já em Vila Real, os meteoros começaram a cair pela zona de Guiães e Abaças, chegando também ao perímetro urbano da cidade, onde chegou a assustar muita gente que se viu surpreendida pelo fenómeno.
A queda de gelo foi tal que as ruas chegaram a ficar cobertas por um manto branco que faz lembrar outras épocas do ano.
Os estragos na agricultura já se esperavam, as imagens eram inequívocas, arruinando o ano agrícola em muitas explorações da região, em especial na vinha e pomares.
Os modelos continuam a intuir que o ar frio na atmosfera deverá manter-se nos próximos dias, podendo na sexta-feira, reativar a atividade elétrica em boa parte da Península Ibérica, faltam muitos dias e as trovoadas são um dos fenómenos mais dificeis de antecipar, mas para já é esta a tendência, uma bolsa de ar frio cruzaria o norte da Península trazendo de novo instabilidade, onde e como? Ainda não é possivel detalhar.
Abraços!
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Esta entrada fue modificada por última vez en jueves, 29 diciembre 2022 - 23:15 23:15
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